O que é demais enjoa

Pronto. Foi desta. Já não aguento mais. Quem me é mais próximo sabe que tenho andado num corrupio de trabalho porque ando a ver se invento um nome para a operação policial que vai investigar um caso de tráfico internacional de galinhas com febre aftosa e por isso tenho andado ausente, mas énaf is énaf!... Como sabem adoro séries de televisão, e não me limito, como a Nininha, a absorver sofregamente a série do Báuer, aquele rapaz cheio de charme que com uns bícepezinhos mais desenvolvidos ficava um delicioso aperitivo para o meu quebra-nozes... Eu também gosto muito do CSI. Mas uma coisa que me tem vindo a irritar cada vez mais é aquela moça do CSI Maiame, aquela que tem patilhas, não sei se sabem de quem escrevo. Ela trabalha na equipa do super-herói Horácio Caine e é médica de autópsias. A rapariga em questão, por mais episódios que a gente veja, não deixa nunca de tratar os mortos que analisa por “honey”, “baby”, “darling” e coisas parecidas, como se a gente depois da morte precisasse de mimo e cafuné (Zé Marga, esta é a tua deixa!!!)!!! Há lá coisa mais estúpida que vermos aquela gente branca comá cal, com costuras até à ponta dos pés, a receber miminhos quando há gente tão carente neste mundo que aquela rapariga podia satisfazer??! O meu coração só fica apaziguado quando vejo o Horácio a pôr as mãozinhas doces na ianca, de olhar matador a olhar-nos por cima com aquela expressão de que a justiça não dorme, e de que enquanto ele for vivo e Deus lhe der forças, poderemos contar com um mundo melhor... Valha-nos isso.