8 de agosto de 2007

meninos!!!

Na sequência do último texto da Bruna, com o qual concordo, venho explorar a vertente do cedentiarismo actual que afecta as crianças dos nossos tempos!
Ao contrário do que escreveu a Bruninha, o cedentiarismo não tem nada a haver com dentes (nossa senhora dos ignorantes, me acuda!!), mas antes com o fazer ou não cedências. As crianças de hoje, não fazem qualqueres cedências, não dão o braço a torcer, dizem que ficam a jogar computador ou plaistation e ficam mesmo, não cedem.
Mas, pelo menos, tem uma vida mais segura.
Passo a expor algumas coisas que me aconteceram em criança:
- 1986 (tinha 4 anos), na Charneca da Caparica, em casa do Sebastião da Mercearia, caí para dentro da piscina, enquanto tentava fugir do cão dele, acho que se chamava “king". A piscina estava vazia, e tinha cerca de 3m de profundidade.
- 1988 (6 anos), em casa, não sei porque razão, enfiei uma chave de fendas na tomada da electricidade. O quadro foi abaixo e eu fiquei ainda mais “eléctrico” e despenteado.
- 1993 (11 anos), em Palhais, num trabalho de verão enquanto ajudante de jardineiro, caí do muro de uma quinta, enquanto segurava um cabo da máquina de cortar relva. O muro tinha cerca de 2,60m, caí de costas a cerca de meio metro de uma pedra com 60kg.
- 2000 (18 anos). Já não era criança, mas não vos posso deixar de contar esta: estava a trabalhar num super (outro trabalho de verão), e caí de uma altura de cerca de 4 metros... então não é que o monta cargas/elevador estava parado um piso abaixo do que era suposto e a porta do mesmo estava aberta. Se isto não bastasse levei ainda com o carro de pão (com 2m de altura) que na altura puxava para dentro do elevador.

Isto sem contar com as inúmeras vezes que chegava a casa com feridas no joelho, cotovelos, cabeça partida, dentes partidos, por andar à porrada, jogar à bola, cair de árvores, brincar ao jogo da chapada, etc...

5 comentários:

Bruninha disse...

Gostei especialmente do "jogo da chapada"! AHAHa

Anónimo disse...

Gigi
Em primeiro lugar apenas pra te corrigir - não cedentiarismo mas sebentarismo. Ódpois, vê-se logo que vc deve ser uma menino fino da reboleira ou da porcalhota. Em Alfama - minha Cidade Noel - não havia tempo para ser menino. Se eras menino 'tavas sempre a almoçar. Ainda pro cima desde os 3 anitos que tive dir ajudar o mo pai nas obras a carregar sacas de 50 kg de cimento às contas enquanto ele mamava uma vinhaça. Só eu o Mufude Bafana (1º trolha africano de Portugal) é que tavamos a trabalhar. Por isso Gigi no meu tempo não havia cá meninos.... era robar pra quemer.

Anónimo disse...

enquanto co-autora do "jogo da chapada" juntamente com o meu primo jorge miguel, sinto que devo um esclarecimento. O jogo da chapada consiste no seguinte: é normalmente jogado a dois (se bem que pode ser estendido a tres jogadores em casos excepcionais), a jogada é feita por rondas alternadas entre os participantes. a jogada consite em, como o proprio nome indica, dar chapadas no adversário, inicia-se com uma ronda de palmadas suaves e vai aumentando de intensidade. a intensidade é de uma chapada dada deverá sempre ser proporcional ao grau de dor sentido na chapada recebida na ronda anterior. O jogo termina geralmente à porrada quando um dos jogadores deixa de conseguir controlar a ira, normalmente após um bofetão de todo o tamanho. é um jogo bonito onde não ha vencedores nem vencidos. todos acabavamos a chorar e ao soco com a cara inchada. jogavamos o jogo em todas as reuniões familiares entre 84 e 89... ah que bom era ser criança....

Anónimo disse...

Caro Gigi,

Adorei o título do seu texto.
Bem haja

Anónimo disse...

Rapaz, junta-te aos paraquedistas!!!

Abraço!