28 de fevereiro de 2008

Pensamento do dia:

Há coisas que nos fazem perder a credibilidade numa fracção de segundo... Podemos estar num restaurante a falar das eleições nos Estados Unidos ou sobre a fome em África que, se temos o azar de ter uma coisa nos dentes, por mais pequena que seja, passamos a ser levados com a mesma seriedade com que a generalidade das pessoas leva, vá, o Cláudio Ramos. Se for verde, então, é o fim. Aproveitem para pensar nisso...

26 de fevereiro de 2008

Eu estou inocente!

Se bem se lembram, em 7 de Fevereiro de 2008, escrevi um texto onde expliquei qual seria a primeira coisa que faria se ganhasse o jackpot do Euromilhões!

Bem, passo a declarar que não ganhei um único cêntimo nessa semana, pelo que nada tenho a ver com as agressões de que o Rui Santos foi alvo na madrugada de ontem.

Das informações disponibilizadas pelos meios de comunicação social facilmente se retira que os agressores eram pessoas sem qualquer tipo de educação, pessoas rudes, brutas e insensíveis, que não tiver sequer a dignidade de lhe deixar uma nota de €20 e o contacto da Lúcia Piloto, do Moreno, ou do Tino Ferreiro, ou de qualquer outro cabeleireiro com capacidades reconhecidas de desfazer aquilo que ele tem na cabeça.
Por outro lado, o facto de terem sido usados, nas agressões, barrotes de madeira coloca-me a questão de saber que agressores são estes que descridibilizam a imagem do crime em Portugal.
Por amor de Deus, toda a gente sabe que já não se usam barrotes de madeira nas agressões neste nosso Portugal desde meados do século XVIII.

Assim, e para todos os efeitos legais e ilegais, venho por este meio declarar-me inocente, ou como dizem os Amaricanos, not guilty das agressões de que o comentador desportivo (cada vez) mais odiado da televisão portuguesa foi alvo na madrugada passada.

Ass. Gigi

25 de fevereiro de 2008

No avião...


Arrivei recentemente de uma viagem em tom de mini-férias, e dei por mim, no avião de regresso, a assistir atentamente àquelas instruções extremamente bem interpretadas pelas hospedeiras de bordo.

Pergunto-me se estas senhoras (e senhores! mas as senhoras são ainda mais dramáticas...) - do alto dos seus saltos, olhos pintados, cabelo irrepreensivelmente bem apanhado e batom rouge vivo - frequentam aulas de iniciação ao teatro e interpretação dramática ou se tudo aquilo é talento natural... No fundo, o que elas nos estão ali a querer dizer, com a seriedade que a ocasião exige, é que, caso uma asa do avião onde estamos comece a arder violentamente ou um dos motores deixe de funcionar e o mesmo inicie uma queda a pique, atingindo, a uma velocidade vertiginosa, o alto mar, vindo-se a desfazer em pequenas placas de chapas metálicas, devemos:

1. Calmamente procurar o colete salva vidas debaixo dos nossos bancos;
2. Colocá-lo, em primeiro lugar e ordeiramente, nas crianças (rosa para as meninas e azul para os meninos), idosos e pessoas auto-INsuficientes;
3. Para quebrar o gelo e distrair os mais novos (e alguns adultos) devemos, ainda, colocar as máscaras de oxigénio, imitando um elefante ou qualquer animal pré-histórico, com sons alusivos;
4. De seguida, calmamente, atiramo-nos, por ordem alfabética do avião em chamas enquanto cantarolamos o hit “sabes que começou no “A”” da nossa Ana Malhoa;
5. Já no ar puxamos os cordelinhos laterais do nosso colete enquanto imitamos pequenas marionetas e fazemos passos de robot ou o moonwalk do Michael Jackson, sempre com um sorriso no rosto a pensar na pequenada!
6. Ao embater na água aconselha-se que se tape o nariz para evitar aquela sensação desagradável de água nas fossas nasais;
7. Ao voltar à superfície sugere-se que agarremos um dos pedaços do avião que reste do embate e nos deitemos tranquilamente em cima do mesmo enquanto aguardamos que as hospedeiras, extremamente bem treinadas para estas situações e que devem estar a retocar a maquilhagem, nos venham buscar.
8. Enquanto aguardamos devemos por creme protector dirivado aos raios solares nocivos.

Perante tudo isto só me resta perguntar... Porquê?! Não seria de maior utilidade entregarem, no início do voo, uma pequena oração do dia ou um walkman com músicas do padre Borga?


Apenas uma última palavra quanto aos coletes salva vidas: estou convencida que eles nem existem e que só ideia deles serve de consolo psicológico. A sério, já alguém viu algum?! Eu procurei o meu ainda em terra o e nem sinal dele! Também não perguntei... Não quis lançar o pânico... Das duas três: ou está muito bem escondido –o que denota uma inteligência fora de série de toda a tripulação, pelo que desde já a felicito, que, bem conhecendo a raça tuga, sabe que o mais provável seria serem gamados e vermos as nossas praias em plena época balnear cheia de putos semi-nus ou, os mais sofisticados, de cuecas a brincar com coletes salva vidas, enquanto os pais colocam óleo fula para proteger a epiderme), ou pura e simplesmente não existem! Há memórias de um dia se ter visto um, em França, mas não mais do que isso...

20 de fevereiro de 2008

Pijama


O que dizer daquelas pessoas que, com a desculpa de passear o cão, pôr o lixo na rua, vir buscar o correio, entre outras, saem de casa de pijama, roupão e pantufas?!

Será que estas pessoas acham que quando estão a praticar qualquer uma destas actividades se cria à sua volta todo um escudo protector que as torna invisíveis ao mundo? É que elas estão - de facto - de pijama no meio da rua!

Mas o mais engraçado é que, realmente, os transeuntes são permissivos em relação a isto... De alguma forma e por qualquer razão cuja proveniência ainda não foi descoberta pela comunidade cientifica, acham normal ver o vizinho do R/C Esq. de pijama turco azul bébé e pantufa de carneira em plena via pública. E isso nem sequer gera qualquer tipo de comentário! "EStá a passear o cão! Queriam o quê?! Que ele estivesse de smoking?! Claro que está de pijama!"

Enfim... Vidas!

17 de fevereiro de 2008

Hell ó Kitty!!!


Quando o telejornal começa com uma notícia de abertura sobre a nova loja da Hello Kitty, é sinal que podemos dormir descansados, porque rigorosamente NADA se passa no mundo!...

Nunca percebi, afinal, que graça é que pode ter uma gatinha, com gigantismo na cabeça, careca, sem boca e que, ainda por cima, NÃO FAZ O BUÇO! Já para não falar do facto de ter para aí 52 anos e ainda usar um lacinho na cabeça/orelha...

Pin e Pons voltem! Estão perdoados!!!

15 de fevereiro de 2008

Jesus Cristo Superstar!

Recomendo vivamente! A partir de hoje podem-me chamar de Judas que eu juro que não fico ofendida!... Até sou capaz de responder: "Pára, tou ficando sem jeito..."

Muito bom!

12 de fevereiro de 2008

Flor e Bela!

E a Floribela que agora é a Floriboa? Com aquela cara de anjinho do norte, não dava nada por ela, de repente PUMBA! Aguentem-se com esta! Toma lá Maria Alice! É caso para dizer:

NÃO TINHA NADA E AGORA TENHO TUDO!



Só para finalizar, pergunto-me porque é que as pessoas do showbizz insistem em fazer implantes de bolas de basquet nos seios... Parece que as estou a ver: "Tem Spalding? Siga!..." Não poderia ser bolas de... vá lá... bowling? Sempre são mais maneirinhas...

7 de fevereiro de 2008

O que é que eu fazia se ganhasse o Euromilhões?

Já me fizeram esta perguntas milhares, senão mesmo centenas, de vezes...

Mas só hoje descobri qual era a primeira coisa que fazia se ganhasse todo aquele dinheiro: Contratava um grupo de malfeitores para darem uma carga de porrada no Rui Santos... ah.. e deixava-lhe uma nota de 20 euros para ele ir cortar aquele cabelo ridiculo!


Se eu não ganhar, será que alguem está interessado em fazer uma vaquinha para este efeito?

4 de fevereiro de 2008

Shô Pessoa...


Estou a pensar seriamente em fazer uma compilação dos meus melhores momentos a bordo de um táxi, a sério que estou... Desta vez encontrei um com o qual travei o seguinte diálogo:

- Boa tarde. Olhe, eu queria ir para aquele largo onde está o Fernando Pessoa, na Baixa... (a minha capacidade para decorar nomes de ruas, ruelas, largos, cruzamentos ou qualquer outro tipo de ponto no mapa é, para quem não sabe, extremamente reduzida).
- Ahh.. A menina quer ir para o Largo do Chiado...- Sim, sim! - tudo parecia correr bem... Eu consegui passar a mensagem, ele recebeu-a correctamente... Tudo como esperado! Estava contente!
Eis senão quando, passados cerca de 1.35 seg., apresenta-me esta:
- Ó menina, o Fernando Pessoa fazia o quê? Era o quê ele?...
Com medo que fosse uma pergunta com rasteira, e após ponderar pedir a ajuda do público, respondi, a medo:
- Escritor?...
O homem rejubilou! Como se lhe tivesse tirado um peso de cima que ele carregava há anos! E, embriagado pela alegria (ou pelo abafadinho do almoço, ainda não sei) diz-me:
- Sabe que eu ando na praça há 40 anos, e lembro-me perfeitamente de ver o Shô Pessoa aí a passear na Baixa... Sempre com o seu chapéu, os óculos - isto enquanto punha os dedos em forma de aro à volta dos olhos, esquecendo que tinha uma coisa chamada "volante" nas mãos - um andar de diplomata... Olhe menina, era um folião!

Eu, obviamente, tendo em consideração que o senhor andava há 40 anos na praça (o que dá por volta dos 1960) e que o Shô Pessoa morreu em 1935, limitei-me a soltar um "Que engraçado, ele há com cada uma..." enquanto visualizava o miúdo do 6º sentido a dizer: "I see dead people!..."

É que eu até podia tentar explicar, mas assim ia tirar esta experiência inolvidável a um outro passageiro e achei que não era justo...